quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Sobre Oliver Sacks e viver


No final do mês passado, vi na internet a notícia de que o neurologista e escritor Oliver Sacks,
havia falecido de câncer. Oliver escreveu livros de sucesso, inclusive
um que virou filme com Robert De Niro e Robin Williams, Tempo de Despertar.
Mas ao ler algumas reportagens que vi pela internet e por aqui, uma coisa
me chamou a atenção. Ao saber que já não tinha muito tempo de vida, Oliver disse
ao New York Times: "Agora depende de mim escolher como quero viver os meses que me restam. Tenho que viver da maneira mais rica, profunda e produtiva que puder."

Sobre o tempo que lhe restava, adiantou que não veria notícias nem prestaria mais atenção nas polêmicas políticas ou no calendário climático.
"Isto não é indiferença, mas desapego. O Oriente Médio continua importando muito para mim, o aquecimento, a crescente desigualdades, mas estes já não são mais meus problemas.
Pertencem ao futuro."

Me veio o pensamento de como pouquíssimas pessoas estão realmente preparadas para viver.
É preciso muita sabedoria ao descobrir que se tem pouco tempo de vida, e que irá
viver da melhor maneira possível. Se muitos de nós não consegue viver bem, e ser feliz, tendo
o necessário, imagine ao saber o "pior". E a prática do desapego ao saber que  pouco (ou nada) se pode fazer em certos momentos, que a resignação e o deixar o tempo fazer ser papel,
parecem ser a melhor escolha. 

Saber viver, saber partir, realmente são para poucos. Quando ouço ou leio histórias de vida,
desse tipo, penso que são essas pessoas que realmente conquistaram algo,
algo realmente valioso que vai muito além do que a maioria busca.
Penso sempre que é assim que gostaria de viver. 

Gratidão, Desapego, Autoconhecimento, Amor, palavras chaves para qualquer pessoa
que deseja realmente fazer a diferença!

E vocês estão preparados para viver? 












2 comentários:

  1. Grande ensinamento ele nos deixou...linda homenagem! bjs

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  2. Oi Fe, que lindo post!
    Eu acompanhei toda a carreira dele, li quase todos os seus livros. Eu o admirava profundamente.
    Quando ele publicou sua carta de despedida no começo do ano fiquei emocionada e guardei aquele texto para reler sempre porque é uma lição de vida. eu também acompanhava suas colunas no New York times e gostava tanto...
    Agora estou lendo suas memórias, que foram lançadas alguns dias antes de sua morte "Sempre em Movimento" é o título e estou me encantando ainda mais com a profunda humanidade desse homem.
    Bjs e bom final de semana!

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Namastê!