segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Não adianta culpar o cenógrafo


"Cansei de me flagrar em circunstâncias em que 
jurava que havia ocorrido uma falha no cenógrafo
na montagem do ambiente: tudo o mais poderia
estar no lugar correto, mas não era para eu estar ali.
Aí era um tal de listar os supostos culpados, lamentar a má sorte
um blablabla triste toda vida, sob um fundo musical de
"Ó Deus como sou infeliz". Muitas cenas depois, porque 
só o tempo é capaz de nos dar olhos que veem um pouco
além das aparências, comecei a encaixar as peças daqueles 
tais centímetros a mais nem a menos. Eram os meus sentimentos, minhas
dores pendentes de cura, minha resistência á mudança, minhas
crenças equivocadas sobre mim, que me atraíam para 
aqueles cenários. Peças encaixadas, descobri que, no fim das contas, o roteirista
o tempo todo era eu. Se a história não me agrada, preciso aprender a reescrevê-la
até que se torne parecida com a ideia que passa pelo meu coração. 
O roteiro só muda quando eu assumo a minha responsabilidade por ele
e me trabalho para ser capaz de modifica-lo.
Não adianta culpar o cenógrafo."

Ana Jácomo








3 comentários:

  1. Muito linda essa mensagem. Verdade! beijos,ótima semana,chica

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  2. Oi Fernanda!
    Que post lindo! Sabe, para nós terapeutas a coisa mais difícil é fazer com que os pacientes tenham essa atitude de se responsabilizar pelo próprio roteiro...essa é a grande sacada. No entanto, a maioria prefere ficar culpando o cenógrafo...
    Bjs

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  3. Essa Ana Jácomo escreve tão legal né???

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Namastê!