terça-feira, 2 de maio de 2017

Pedras das tristezas e Pedras das alegrias


"Faça uma lista numerada das tristezas em sua vida.
Empilhe pedras que correspondam a esses números. 
Acrescente uma pedra cada vez que houver tristeza. 
Queime a lista e aprecie 
o monte de pedras por sua beleza.
Faça uma lista numerada das felicidades em sua vida.
Empilhe pedras que correspondam a esses números. 
Acrescente uma pedra cada vez que houver felicidade. 
Compare o monte de pedras
ao monte de tristeza."
(peça de limpar, yoko ono, 1996-2017)

"Esta é a obra de abertura da exposição da Yoko Ono que está em cartaz no Tomie Ohtake, aqui em São Paulo, que eu fui visitar com uns amigos no domingo (e que tem o nome que batizou a cartinha de hoje). 

Quando a vi, minha primeira reação foi a de comparar os dois montes de pedras ali dispostos aos visitantes; e minha dedução imediata, nesses milésimos de segundo entre ler as instruções e analisar as tais pedras, foi pensar que a pilha da felicidade seria maior, porque as pessoas poderiam materializar o quanto de alegrias e razões para sorrir temos nas nossas vidas (saúde, condições, afetos, recursos). 

Porém, para minha surpresa, os montes tinham praticamente o mesmo tamanho. Porque não era sobre um ser maior que o outro: era sobre reconhecermos que um não existe sem o outro. Não há tristeza sem felicidade, como não há dia sem noite, não há frio sem calor; e tantas outras forças aparentemente antagônicas que só existem porque a outra está lá, para fazer contraponto."

Nathalia Pires, Trecho tirado daqui daqui



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