Ah, o amor!

"Ah, o amor! Acredito nele. Na sua forma mais pessoal e direta 

(eu e tu, olho no olho) que por incrível que pareça, até pode

nos mesquinhar, ou na sua forma mais abstrata (com todas as letras douradas e maiúsculas:

amar a vida, nossos semelhantes, os animais... amar os raios de sol da manhã

e do anoitecer... e a lua, e as nuvens que porventura esconderem os dois - 

o sentimento que afinaria todos os instrumentos e colocaria o mundo em harmonia,

com trilha sonora de anjos tocando harpa).

Mas, quer saber? Ás vezes acho que o amor atrapalha. Ops, vou refazer a frase pra clarear:

acho que ás vezes, falar muito nele e esperar muito dele atrapalha. 

Há situações em que bastaria um pouco de respeito e gentileza. 

Utopias podem se transformar em desculpas para a inação, tipo: Já que não rola tudo,

não quero nada. Uma inversão cruel de perspectiva. Quase uma cegueira. 

Se falo isso de amor, dá pra imaginar o que eu falaria a respeito do ódio...

mas raramente passo por esse canal..."

Humberto Gessinger

Gostei desse pensamento do Humberto. Acho que confundimos muito

a palavra amor e exigimos muito dele, como diria

o Jota Quest na música Seis e Trinta, a gente esquece que o amor é tudo

e não nos cobra nada.