"Ser uma pessoa positiva se tornou uma nova forma de correção moral. Em uma pesquisa que eu recentemente conduzi com mais de 70 mil pessoas, eu descobri que um terço de nós - um terço - nos julga por ter o que chama "emoções ruins" (como tristeza, raiva, e até mesmo pesar) ou ativamente tenta empurrar esses sentimentos para outro lugar.
A gente não faz isso só com nós mesmos, mas também com pessoas que amamos, como com nossos filhos - nós inadvertidamente os envergonhamos e falhamos em ajudá-los a vê-los essas emoções como inerentemente valiosas. As emoções normais não são vistas como boas ou ruins.
Mas nós negamos as emoções normais para abraçar a falsa positividade, e perdemos a nossa capacidade de desenvolver habilidades de lidar com o mundo como ele é, e não como a gente gostaria que ele fosse. Eu já recebi centenas de pessoas me dizendo o que elas não gostariam de sentir. Elas dizem coisas como, 'eu não quero tentar, porque não quero me desapontar', ou 'eu só quero que este sentimento vá embora'.
'Eu entendo', eu digo a elas, 'mas você tem desejos de uma pessoa morta'. Só uma pessoa morta nunca é requerida por seus sentimentos inconvenientes. Só as pessoas mortas nunca se sentem estressadas, nunca têm seus corações partidos, nunca experienciam o desapontamento que vem com o fracasso. Emoções difíceis são parte do nosso contrato com a vida.
Você não consegue ter uma carreira de sentido, ou construir uma família ou deixar o mundo um lugar melhor sem estresse e desconforto. Desconforto é o preço de admissão para uma vida com sentido."
(tradução livre de um trecho do TED talk da Susan David, "The gift and power of emotional courage") tirei daqui
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