quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O que será que estão pensando de mim?


"O que será que estão pensando de mim? Será que ele ficou chateado? Nossa, acho que ela não gostou do que falei. Putz, acho que deveria ter feito de outra forma. Não devia ter feito assim. Seria melhor se eu tivesse perguntado antes. E agora? Será que eu consigo voltar no tempo? Como faço para não sofrer mais com isso? Nossa, de novo! Não acredito que errei isso mais uma vez. Eles vão ficar decepcionados comigo. Como faço agora?"
Acho que só de ler esse parágrafo você deve ter ficado cansado.
Pois é.

Essa era a minha mente uns meses atrás. Era isso o que acontecia todos os dias dentro da minha cabeça. Ou nas nuvens que rodeiam meu cérebro. Sei lá.
O fato é que é impossível viver em paz assim. É impossível ser quem você é de verdade com esse monte de pensamento e julgamento.
Eu vivia aprisionado pela necessidade de aprovação dos outros.
Eu vivia a vida tentando agradar a todos e fazendo de tudo para não decepcionar ninguém.
Mas será que isso é possível?
Eu achava que era possível sim.

Só que não é. E quando eu entendi isso, eu me libertei.
Eu me libertei das minhas próprias cobranças.
Eu me libertei dos meus próprios julgamentos.
E quando eu aceitei que não conseguiria agradar a todo mundo e parei de tentar fazer tudo pelos outros, minha vida se transformou.
Eu consegui uma coisa que nunca tive a vida toda: paz.
Se você vive pela necessidade de aprovação dos outros, é impossível ficar em paz. Porque você nunca vai conseguir atender às expectativas dos outros.
O que os outros pensam de você é problema deles.
Quando você vive com boas intenções e não quer prejudicar ninguém, você deve conseguir a capacidade de ficar bem com as escolhas que fez.
Se uma pessoa fica chateada com o que você fez, quem está sofrendo é ela. 
Você não precisa sofrer junto.
Se uma pessoa acha que eu deveria ter feito diferente e mantém essa exigência, 
quem deve superar isso é ela, não eu.
Eu vou errar. Eu sei disso.

Mas meus erros não devem ser nada mais que passos para o aprendizado.
Não posso transformar meus erros em dor eterna. 
Não posso fazer meus erros me machucarem por semanas, meses ou anos.
A dor do erro deve acabar no momento em que eu entendo porque errei e aceito e assumo.
Pare de sofrer pelos outros. Pare de assumir uma carga emocional que a outra pessoa carrega.
Se você sofre com o que o outro pensa de você, você está dando a essa pessoa o controle da sua vida.
Já é suficientemente difícil ser você mesmo e viver a sua vida com os seus problemas e os seus desafios. Por que carregar o sofrimento dos outros?

Faça as pazes com você mesmo. Aceite as coisas que você fez errado. Assuma e siga andando. Já foi. Você já aprendeu. Já se arrependeu e agora vamos para o próximo erro. 
Não se prenda ao erro da semana passada.
Sua vida vai ficar mais leve assim.

O que os outros pensam de você diz respeito a eles só. Tanto faz o que eles pensam de você.

Gustavo Tanaka 





2 comentários:

Namastê!